Começa nesta segunda, a venda de ingressos para o TIM FESTIVAL. De 25 e 31 de outubro, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Vitória recebem a quinta edição do mais aguardado festival de 2007. Afinal, não é todo dia que Cat Power, Björk, Juliette and The Licks e Arctic Monkeys se apresentam no Brasil. O público pode comprar os ingressos a partir de segunda pela internet ou em 24 postos de venda espalhados pelas quatro cidades que sediam o Tim Fentival e mais 8 bilheterias em Belo Horizonte, Brasília, Santo André e Campinas. Em BH, os ingressos vão estar disponíveis em 3 locais: na Livraria Leitura do BH Shopping, a partir das 10 da manhã; na Savassi, na Avenida Cristóvão Colombo, número 167, às 8 da manhã e no Chevrolet Hall, ao meio dia. Mas quem não quiser enfrentar fila é só comprar os ingressos via internet, através do site www.ticketmaster.com.br, ou por telefone, com entrega em domicílio. O número é 0300 789 6846. Estudantes e idosos têm direito a 50% de desconto e Clientes da operadora de telefonia que patrocina o evento 20% na compra do primeiro par de ingressos. No Rio de Janeiro, os shows serão na MARINA DA GLÓRIA. Em São Paulo, tanto no AUDITÓRIO do IBIRAPUERA como no ANHEMBI. Em VITÓRIA, no Teatro da UFES. E em CURITIBA, na PEDREIRA PAULO LEMINSKI. Ah... os ingressos para o Tim Festival variam de 40 a 400 reais.
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quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Tim Festival, venda de ingressos é na segunda
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Sereia
O palco do Teatro da Biblioteca Pública e Estadual Luiz de Bessa se transformou em um mar na apresentação de quarta, dia 22 de agosto. O projeto Stereoteca abriu alas para o samba e trouxe a cantora-sereia mineira-carioca Aline Calixo. Dona de uma voz portentosa, a moça, filha de Oxóssi, abriu e fechou o show com a mesma canção para o Orixá. Pesquisadora do samba, Aline levou para o palco músicas que ela encontrou nas andanças pelo interior de Minas, sambas de Kiko Klaus e Makely Ka e clássicos de Paulinho da Viola, Clara Nunes e Geraldo Pereira. Aline dividiu o palco com 2 convidados: o pernambucano Delito e a cantora Patricia Ahmaral. Mas foi sozinha, na segunda parte do show, entoando a canção "Chamado para os homens", composição própria, que Aline atingiu o ponto alto da apresentação. Dava para ver no rosto do público a emoção de ouví-la cantar. Com um domínio de palco impecável, conhecimento de cada acorde e um desenho de cena minuciosamente ensaiado, Aline ainda encontrou tempo para brincar com a platéia. Para o final do ano, Aline prepara o lançamento do primeiro cd com canções Monarco, Nelson Sargento e Moacyr Luz. Ao final da apresentação tive certeza de que até Ulisses-Homero se soltaria do masto e pularia no mar só para ouvir a sereia Aline cantar.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
...porque ouvir música clássica.
Parafraseando o livro de Ítalo Calvino (escritor cubano de nascimento, mas italiano de língua e pátria amada), Por que ler os clássicos, fico com a questão-resposta: porque ouvir música clássica. Nesta segunda, às 21h, assisti o concerto de Antonio Meneses e Celina Szrvinsk. Para alguns, escrevi grego aí do lado, para outros citei um dos maiores nomes da música instrumental da atualidade e de uma grande pianista goiana que mora há tempos em BH. Antonio Meneses é pernambucano. Nasceu em uma família de músicos e mudou-se para a Alemanha para estudar violoncelo aos 17 anos. Já dividiu o palco com Herbert Von Karajan, André Previn e com as Filarmônicas de Berlim, Israel e Moscou. Já Celina é uma figura ativa em projetos dedicados à música de câmera em Minas. Juntos, Antonio e Celina arrancaram aplausos e suspiros do público no Grande Teatro do Palácio das Artes. Para começar, a escolha minuciosa do repertório: Villa-Lobos (Bachianas nº5 e nº2), Camargo Guarnieri, Nadia Boulanger e Martinu. Celina não foi, somente, o pano de fundo de Antonio. Abriu espaço para a maestria de celista, mas não se furtou em momento algum. Já Meneses, sem esforço, tocou com a alma. Cada dedilhado, cada movimento do arco, cada respiração contida desabava um jorro de notas sobre o cello. Que dupla! Que concerto! Tomo de Otto uma frase: "dedo de Deus tocou em mim". Ainda estou em suspenso!
quem mandou ter amigo poeta...
Eu não quero um violão bem tocado,
Eu quero um violão chorado,
Sofrido,
Em amor,
Molhado...
Eu não quero o canto afinado.
Eu quero o canto sentido,
Arrependido,
Ressentido,
Aceso e magoado.
Eu não quero o técnico,
O cru,
O limpo
O correto.
Eu quero o erro humanizado,
O sentimento impregnado,
O amor renovado;
Em erros e acertos lapidado...
Petrônio Souza Gonçalves
Eu quero um violão chorado,
Sofrido,
Em amor,
Molhado...
Eu não quero o canto afinado.
Eu quero o canto sentido,
Arrependido,
Ressentido,
Aceso e magoado.
Eu não quero o técnico,
O cru,
O limpo
O correto.
Eu quero o erro humanizado,
O sentimento impregnado,
O amor renovado;
Em erros e acertos lapidado...
Petrônio Souza Gonçalves
domingo, 19 de agosto de 2007
...and all that jazz...
John Coltrane - A Love Supreme
Nina Simone - ne me quitte pas... (sempre)
Thelonious Monk - Monk Alone - The Complete Columbia Solo Studio Recordings: 1962-1968
João Donato - A Bad Donato
Miles Davis - Round Midnight
Charles Mingus - Mingus, Mingus, Mingus...
Rosa Pasos - Amorosa
João Gilberto, Stan Getz e Antonio Carlos Jobim - Getz/Gilberto
Ella Fitzgerald - The Ella in Berlim
Chet Baker - The Best Chet Baker Sings
Duke Ellington - Hot Summer Dance
Billie Holiday - Love for sale
Nina Simone - ne me quitte pas... (sempre)
Thelonious Monk - Monk Alone - The Complete Columbia Solo Studio Recordings: 1962-1968
João Donato - A Bad Donato
Miles Davis - Round Midnight
Charles Mingus - Mingus, Mingus, Mingus...
Rosa Pasos - Amorosa
João Gilberto, Stan Getz e Antonio Carlos Jobim - Getz/Gilberto
Ella Fitzgerald - The Ella in Berlim
Chet Baker - The Best Chet Baker Sings
Duke Ellington - Hot Summer Dance
Billie Holiday - Love for sale
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
4ª Semana da Música de Ouro Branco
Estão abertas as inscrições para a 4ª Semana da Música de Ouro Branco! Até o dia 26 de agosto, o Festival de música erudita recebe inscrições para 26 oficinas de instrumentos de cordas, sopro, canto, canto coral, apreciação musical, musicalização, performance Musical e regência orquestral e de banda sinfônica. De 6 a 13 de outubro, a 4ª Semana da Música toma conta de Ouro Branco. Todos os concertos serão gratuitos e realizados à noite, na Igreja Matriz de Santo Antônio e na Capela de Santana, na Fazenda Pé do Morro. Dentre as atrações já confirmadas estão o violinista russo Sergej Kravtchenko; o regente da Orquestra do Algarve Osvaldo Ferreira; o violista Ori Kam, da Orquestra Filarmônica de Israel e a contrabaixista Diana Gannett, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. A ficha de inscrição para as oficinas está disponível no site http://www.semanadamusica.com/ . O resultado da Seleção será divulgado no dia 3 de setembro. Para saber mais detalhes da programação e das oficinas da 4ª Semana da Música de Ouro Branco acesse o site ou ligue para 31 - 3742-3553.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
"um beijo dói mais que uma porrada"
Segundo Antonin Artaud, o palco é o local onde os corpos se preparam para as batalhas. E subir em um palco, se apresentar para uma platéia, encarar e se entregar para um público, é sempre uma batalha. Pode ser a mais prazerosa possível ou a mais difícil. Depende de cada um! No caso do grupo mineiro Porcas Borboletas é um deleite. O guitarrista Moita Mattos, o cantor, poeta e performer Danislau Também, o baterista Vi Vicious, o percussionista "incidental" Ricardim, o cantor e guitarrista Enzo Banzo e o baixista Rafa Rays não sobem ao palco só para cantar ou tocar. Com toda a irreverência que lhes é particular, eles se arriscam. À cada letra, acorde, espasmo e cena, o Porcas esbanja atitude. Com letras deliciosas como Cerveja, Lembrancinha e Vernissage, o grupo cria e transcria à vontade. Lobão, Caetano e Waly Salomão entram na roda e são subvertidos no liquidificador do Porcas. Com uma performance meticulosamente arrojada e muita graça, os 6 experimentam e curtem a música que fazem. No Stereoteca, o Porcas fez o público se contorcer nas cadeiras. Apenas um corajoso saltou lá na frente e se esbaldou com os vocalistas. A participação especialíssima ficou à cargo da cantora Daniela Borela, do Quarteto Vagamundo. Sem estertores, mas com muita suavidade, Daniela dividiu o palco com a moçada do Porcas e se divertiu. Também, não era para menos. Com o cd “Um Carinho com os Dentes” na bagagem e um show da melhor qualidade, o Porcas Borboletas tem uma apertada agenda durante os próximos meses, como no Festival Jambolada. Bom... segundo a atriz e dramaturga Grace Passô: "Tem coisa que espanca, mas espanca doce". No caso do Porcas Borboletas,"um beijo dói mais que uma porrada".
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Des-Trans-Para-Super-Possíveis Rumos
Olha... que a tecnologia passou uma rasteira nas grandes gravadoras, isso já é fato. O acesso a músicas, conteúdo, artistas, programas de edição, mini estúdios virtuais e mais um monte de traquitanas fez com que o jogo muda-se. Mas atenção, muda-se e não inverte-se. No centro do furacão, estamos nós. A mudança está acontecendo. Pra que lado o vento vai soprar? Qual o rumo da música? ... Só vivendo! Mas uma bússola interessante para esse momento é a internet. Por mais que ela, visceralmente, seja sem centro, não tenha norte, a compreensão e o domínio da linguagem que circula por aqui pode ser um caminho para sobreviver e atuar sobre essa mudança. O motivo desse palavrório todo é que, na terça, assisti uma apresentação de Daniel Ganjaman (Instituto) e Maurício Takara. Duas figuras que mastigam, reeditam, transcriam e decodificam cada pixel de possibilidade que a música e a internet oferecem. Ainda estou sob o efeito de tanto talento, pesquisa e inovação. Cada um em sua ilha, vulgo laptop/sintetizadores/teclado/escaleta e bateria, elevou a platéia para um lugar que só a música, a boa música, alcança. Ah... "esse encontro só foi possível graças à equipe do projeto Claro Minas Instrumental", fala do próprio Ganjaman.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Festival Calango
Duas bandas mineiras vão participar do Festival Calango, em Cuiabá. De 31 de agosto a 2 setembro, a Hell City, nome dado à capital do Mato Grosso por fomentar grande parte da cena independente do rock, recebe 46 bandas de todo o país. De Belo Horizonte, segue o grupo de rock Carolina Diz e de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a banda Dead Smurfs que, segundo o próprio grupo, faz um rock and roll de cara suja. A 5ª edição do festival Calango, um dos 5 maiores festivais do país, também abre as portas para o grupo uruguaio The Supersônicos, que fecha a primeira noite do festival. Criado e promovido pelo Espaço Cubo, centro de fomento e difusão da arte no estado, o Festival Calango tem uma rede de atuação intensa. Além dos shows no espaço Casa Fora do Eixo, coordenado pelo Cubo, workshops, seminários, oficinas de fanzines, concursos de redação, desenho e poesia nas Escolas Públicas Estaduais, mostra de Vídeo e de literatura e mesa de discussões integram o Circuito Fora do eixo. Para acompanhar toda a programação e saber mais detalhes do Festival Calango acesse http://www.espacocubo.blogger.com.br/
domingo, 5 de agosto de 2007
...a primeira vez que eu ouvi...
A Tábua de Esmeralda e Transa - O primeiro foi lançado em 1974. O cavaleiro Jorge embanhou a espada e se entregou a alquimia. O segundo, Transa, de 1972, é um libelo contra a opressão. Ambos, são marcos. Ambos, são discos da minha infância. Minha mãe tinha os dois em vinil. A vida foi dura e eles se transformaram em comida. A vida foi grata e, anos depois, uma amiga (irmã-gênia-bruxa) colocou-os, novamente, em minha vida. É a toada de onda...
Nina - ah...Nina Simone. Alguém me explica de onde sai aquela voz? Como pode alguém cantar como se tudo fôsse acabar e pronto. É a última vez! Ouvi um vinil em um reveillon em São Paulo há anos. Guardei o nome e a voz como uma jóia. Que cantante! Ela canta perto como se confidenciasse ou dividisse algo muito íntimo. É sempre uma experiência. (Something to live for / Wild is the wind / Take me to the water / Ne me quitte pas)
Elgar - o chão se abriu. Sabe a sensação de que nada e ninguém ao seu redor pode te alcançar, que o espaço e o tempo são duas balelas e que só o som atravessa qualquer imensidão... Pois é! O Palácio das Artes perdeu portas, paredes, teto e chão. Fechei os olhos e fui embora com a música. Às vezes, tenho a impressão de que não voltei... (Elgar - concerto para cello)
Are you experienced - sabe um soco, uma porrada, um tufão te atingindo por todos os lados. Taí! Ouvi, a primeira vez, há anos e anos atrás. (Grata, mais uma vez, Carol!) Aí, em uma noite fria na casa da Tiça e do Gu (irmã e cunhado), eles colocaram o Jimi, só que em um som com válvulas, hidrogênio, sei lá o que, com duas caixas quase do meu tamanho, não sei quantos canais... e eu lá. Uhm.. põe a música, mané! Começou e olha aquela traquitana inteira fez sentido. Eu não sabia o que estava ouvindo. Era a banda para um lado, o Jimi pro outro, a guitarra no fundo, a voz mais melódica do mundo, uma risada... o que foi aquilo!? Fiquei fã do Blueberry. (Are you experienced? / Purple Haze / Foxey Lady)
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
O Adeus
Na última segunda, Ingmar Bergman "encantou". Cineasta que falou como poucos sobre o que está atrás dos olhos, no fundo de cada respiração e além de cada gesto, ele não mais irá produzir um filme. Me desesperei quando entendi que não veria mais um novo longa de Bergman. Finito! Em um documentário sobre a comédia (pasmem, é uma comédia diferente de tudo) "Sorrisos de uma noite de amor", Bergman falou sobre a proximidade da morte, alguns amores e o medo. Sobrevivente, Bergman teve na arte a melhor saída, a redenção.
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