quinta-feira, 12 de junho de 2008

Nos jardins de Monet

De trem não leva mais do que 1h45. Sair de Paris em direção à cidade de Vernon é a certeza de que Giverny, vilarejo que serviu de residência para Claude Monet e para uma colônia de artistas no início do século XX, se aproxima. A casa do mestre do impressionismo foi restaurada e aberta ao público na década de 80. Vale frisar que graças ao investidor norte-americano Terra, criador da Terra Foundation for American Art. Propietário da casa e dos jardins, foi ele quem levantou fundos para a reforma de ambos e para a manutenção. Aberta de 1º de abril a 31 de outubro ( no inverno não dá, né), a casa de Monet, ou melhor, Giverny é um bálsamo para os olhos, para o corpo, para a cuca!

Vista da ponte japonesa. Esse lado do jardim de Monet quase foi desapropriado pelo governo francês. Com a intervenção do investidor americano, foi feita uma passarela que passa sob a rodovia que dividiu em duas a propriedade de Monet.


                                       Ninféias, jardim japonês e choronas. De arrepiar!

                                                             Vista do quarto de Monet.

                                                         Os jardins em plena primavera.


                                                               A Casa de Claude Monet.


Ir aos jardins de Monet, andar pela casa do mestre cheia de quadros de arte japonesa (ele tinha uma gravura de Hokusai, algo para poucos), passear pelos jardins japoneses, ver as ninféias e a ponte é algo tão indescritível que vos esvio as fotos. Assim, quem sabe, vocês vão sentir um pouquinho da emoção que eu senti.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Para aqueles que amam vinhos, poesias e virtudes...

Embriaga-te

Deve- se estar sempre bêbado. É a única questão. 
A fim de não se sentir o fardo horrível do tempo, 
que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra. 
É preciso te embriagares sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude?
A teu gosto, mas embriaga-te.
E se alguma vez sobre os degraus de um palácio, 
sobre a verde relva de uma vala, 
na sombria solidão de teu quarto, 
tu te encontrares com a embriaguez já minorada ou finda, 
peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, 
a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa, 
a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme
Pergunte que horas são. E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, 
o relógio, te responderão. 
É hora de se embriagar !!!
Para não ser como os escravos martirizados pelo tempo, embriaga-te. 
Embriaga-te sem cessar. De vinho, de poesia ou de virtude.
A teu gosto.

(Charles Baudelaire)