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sábado, 5 de abril de 2008
Funny Games U.S.
Vários diretores de diversas nacionalidades foram convidados para filmar em Hollywood. Muitos aceitaram e fizeram belos filmes (François Truffault, Fernando Meirelles, Alejandro Goanzáles-Inhãrritu, Milos Forman), outros não foram tão felizes (Alfonso Cuaron, Terry Gillian) e alguns, mais afortunados, simplesmente, viraram as costas e continuaram a fazer seus filmes sem cortes de estúdio, sem roteiros adaptados e sem a intervenção rigorosa dos empresários do cinema (Ingmar Bergman, Claude Chabrol, Fellini, Godard). Mas, em pleno século XXI, uma nova possibilidade chega a Hollywood. O diretor, roteirista e ator alemão Michael Haneke filmou no ano passado a versão americana do longa FUNNY GAMES. Mais conhecido pelos filmes A PROFESSORA DE PIANO e CACHÉ, Haneke fez uma obra prima sobre e a violência em 1997. Com uma força impressionante e um roteiro de tirar o fólego (e o chapéu), FUNNY GAMES foi classificado como horror, drama e thriller. O grande ator alemão Ulrich Muhe, falecido no ano passado e protagonista do belo A VIDA DOS OUTROS, fez parte da primeira versão. O detalhe importante dessa história toda é que Haneke não apenas refilmou o próprio longa. Ele manteve os mesmos planos, o cenário é idêntico, os cortes, o roteiro, a trilha, o figurino, enfim, só os atores mudaram. Fica muito claro que Haneke é um diretor, assim como Bergman, que fala sobre a geografia da alma, sobre espaços, arestas e buracos que são de todos nós. Não importa o país, o filme é o mesmo, pois a denúncia é a mesma. A versão norte-americana traz Naomie Watts e Tim Roth nos papéis que foram de Susanne Lothar e Ulrich Muhe. No Brasil, o primeiro FUNNY GAMES só circulou por festivais independentes e em locadoras bem especiais, mas com o título deplorável de VIOLÊNCIA GRATUITA. Já o novo FUNNY GAMES traz no nome as siglas U.S. Um cuidado de Haneke com a própria obra e uma subversão ao status da indústria norte-americana.
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4 comentários:
Belo texto, Cris. Assiti a Cachê no mês passado e foi uma experiência e tanto. Pensei que não teria mais estômago para outros filmes do diretor, mas depois desta sua "crítica", não deixarei de ver.
Um beijo!
Júlia.
Estou muito interessada na nova versão de "Funny Games", pois a primeira, me exigiu estômago...
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Bom minha gente, quem viu o primeiro Funny Games vai ficar chapado da mesma forma com o segundo. Dói o queixo, a cabeça, o cotovelo, a barriga, dói tudo! Uma porrada. Bom recebê-los por aqui, sempre.
Estabilizador, tô chegando lá! bjs
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