Carlinhos, Pedro e Ronald
Em uma pequena cidade entre três morros no cemitério nas noites de quinta-feira, toda vez passava um vulto branco que a todos amedrontava. E muitos diziam que aquilo saia da casa do coronel e entrava na igreja.
Depois, com o tempo as pessoas evitavam a casa de Deus, pois temiam que estivesse amaldiçoada.
Mas três meses depois, três irmãos Carlinhos, Pedro e Ronald, os filhos do ferreiro estavam no bar do José e falaram para os amigos que conseguiam pegar o vulto que passava.
Então Maria Linguaruda, a mulher do perfeito, que por ali passava escutou a conversa entre eles. E logo foi contar ao marido o que ouvira.
E os três foram convocados a uma reunião com o prefeito:
o Então vocês conseguem caçar o vulto?
o Sim, responderam.
o Pois quero ver. Vão e o peguem.
Os três receberam uma cruz de proteção, um machado e uma corda bem forte.
O irmão mais velho, Carlinhos, falou que iria primeiro pois era o mais forte.
Se escondeu atrás do muro e acabou cochilando. Voltou já de manhã e falou que não conseguira pegar o vulto.
Então o irmão do meio, Pedro, falou que iria. O menor, Ronald, o impediu. Disse que iria primeiro. Os irmãos tentaram o impedir, mas este tanto fez que foi.
E no cemitério fez as mesmas coisas e também fracassou.
Agora era a vez de Pedro, que já estava esperando atrás do muro. E para não dormir começou a contar as tumbas dos mortos:
o Um, vinte e quatro, cento e oitenta e nove, mil, dois mil...
Até que chegou a hora. Então colocou o machado no meio do caminho do cemitério. E bum, plaft, o vulto estava se contorcendo de dor no chão. Mas agora Pedro percebera que havia um lençol branco e que embaixo dele estava a filha do Coronel, que todas as quintas-feiras ia namorar o Padre.
Depois que contaram ao prefeito, ela e o Padre foram expulsos.
Os irmãos foram a casa de seu pai foram até a casa de seu pai e deram um pouco de dinheiro que haviam ganhado e falaram que iam viajar pelo mundo afora juntos para triplicarem o saco de moedas.
De manhã os três pegaram uma carroça e partiram. No meio da estrada onde uma ponte havia, uma velha saiu da terra mas não era uma velha comum. Era uma feiticeira dona da tal ponte que agora falara:
o Querem atravessar a minha bela ponte? Antes vão ter de respoder uma pergunta e se acertarem poderão libertar as três princesas... Mas se fracassarem, se tornarão meus prisioneiros.
Carlinhos, o mais velho, tentou. Mas infelizmente fracassou. Então Pedro foi tentar também, mas fracassou como seu irmão. E agora Ronald iria tentar:
o Vamos fazer uma aposta. Se eu ganhar levo meus irmãos e as princesas!
Sabendo que iria ganhar, a velha aceitou. Então disse:
o Me fale algo impossível para fazer!
Ele pensou, pensou... E quando o vento bateu ele disse:
o Consegue pintar o vento de vermelho?
A bruxa ficou pálida e sem palavras para o que Ronald acabara de falar. Mas mesmo assim teve de soltar as princesas e os irmãos.
Depois de serem libertados as princesas pediram para ir para casa, que ficava ali perto.
Chegando lá as princesas muito agradecidas pediram para casar com os três, que sem palavras, aceitaram. E no dia seguinte, houve uma magnífica festa em homenagem aos três rapazes.
~ São sempre três em cada historia e quem cria é você ~
2 comentários:
Essa moça tá bombando! Ainda por cima, são as princesas que pedem a mão dos rapazes...hehehe! Adorei!
Essa moça é especial!
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