No dia 14 de setembro, estréia, em quase todo o Brasil, o longa metragem Querô, inspirado no livro Querô- uma reportagem maldita do saudoso Plínio Marcos (como artistas com a força instigadora de Plínio fazem falta, meu Deus). Bom, o filme você vai ver nas telas de cinema! Mas por trás da produção cuidadosa da Gullane Filmes está um projeto como poucos no Brasil de transformação. O elenco de Querô foi selecionado dentre 1.200 jovens que vivem na Baixada Santista. Não são adolescentes oriundos de cursos de teatro, não que isso seja um problema. Afinal, eu vim de um curso de teatro. Mas a questão é que o filme possibilitou a 40 adolescentes que vivem cercados pelo labo Z do mundo, inseridos nele do cóccix até o pescoço, a possibilidade de transformação através da arte. Tem algo mais sublime?! Aguém pode me dizer? Para o filme, os meninos passaram por oficinas de capoeira, interpretação, consciência corporal, noções de cinema, câmera e mais um monte de aulas condensadas em 5 semanas. Aí veio a escolha do elenco, a chegada dos atores profissionais Maria Luísa Mendonça, Ailton Graça e Milhem Cortaz, a apropriação do roteiro( que fique claro, o roteiro de Querô ganhou Sundance, mas o que foi filmado, o que está na tela são as improvisações dos atores), e a filmagem. Mas a grande subversão é que o filme não parou por aí. Após o longa, surgiram as oficinas Querô.
Projeto de formação de artistas para a sétima arte. Produção, direção, roteiro, figurino, cenário, direção de arte, montagem e todo o universo que envolve um filme. O resultado de tudo isso? O documentário "eu fiz Querô" dirigido por Carlos Cortez (diretor do longa) e pelos jovens Eduardo Bezerra e Samuel de Castro (integrantes da oficina) e mais dois curtas. O tema que norteia o longa Querô é o abandono. A ação concreta por trás do filme é o resgate.
6 comentários:
Legal Cris...
to curiosa pra ver o filme...
o documentário eu tenho. empresto com o maior prazer. o filme só dia 14.
Cris, querida, que ótima a sua página. Boa sorte e vida longa pro seu blog e sua rede.
Beijão,
Júnia
Eu quero ver e gravar. Só libero o locupletante nessas condições...rs
Bjs
Junia, que bons ventos a tragam de volta. Carol, a moeda de troca já está liberada. Bjs
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